6 de janeiro de 2010

.




o "rio" da minha aldeia
já só é exuberante com as chuvas do inverno
de resto é uma ténue linha de vida presa por um fio.

Reza a História que alimentou muitos campos para muitas bocas da cidade grande. Que foi aldeia de cantares das mulheres da roupa branca.
Que deu de beber aos animais e aos homens que aqui passavam, outros que daqui saiam, para irem construir o "memorial do Convento".
E muitas histórias mais que fazem a história deste lugar da "zona saloia" de Lisboa.
Agora, nos campos que a alimentaram nascem vivendas de luxo, ao ritmo com que as águas das chuvas descem o Cabeço de Montachique num inverno tão chuvoso como este.

estamos demasiado ocupados para escutar
somos demasiado barulhentos para ouvir o que quer que seja,
senão a nossa insensatez.
Pedro Paixão
.

_____________________________
Agradeço os votos de bom ano que aqui tiveram a gentileza de me deixar.
Para todas vós um grande beijo__________de gratidão
.