28 de dezembro de 2009

A todos os meus amigos e amigas








Desejo sincero de um Ano Novo com muitas Alegrias e cheio de Paz.

17 de dezembro de 2009

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A todos os amigos e amigas desejo-vos um Santo e Feliz Natal.


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Todos os dias são natal por isso deixo-vos um
Pequeno Gesto
que mudará a vida de uma criança/jovem e o futuro de um País.

....em Moçambique são quase 600 mil os orfãos da sida.

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15 de dezembro de 2009

The bag_______________




Lindo e pronto para a viagem... __que já se fez.

e

A Thousand Kisses Deep

http://www.youtube.com/watch_popup?v=Shg-euCXWz8#t=15

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9 de dezembro de 2009

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não quero voo noutra direcção que não seja a do coração. pacífico. sereno e amoroso. nem voos em nevoeiros. cegos. que distorcem a distancia e aprisionam as asas. aqui a terra é pousio. pouso tecido de frutos de sementes de ternura e porta aberta.
_______ um azulejo à entrada. de sabedoria. antiga__________!



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4 de dezembro de 2009

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(...)Contento-me com a minha cela ter vidraças por dentro das grades, e escrevo nos vidros, no pó do necessário, o meu nome em letras grandes, assinatura quotidiana da minha escritura com a morte. Com a morte? Não, nem com a morte. Quem vive como eu não morre: acaba, murcha, desvegeta-se. O lugar onde esteve fica sem ele ali estar, a rua por onde andava fica sem ele lá ser visto, a casa onde morava é habitada por não ele.
É tudo, e chamamos-lhe o nada: mas nem essa tragédia da negação podemos representar com aplauso, pois nem ao certo sabemos se é nada, vegetais da verdade como da vida, pó que tanto está por dentro como por fora das vidraças, netos do Destino e enteados de Deus, que casou com a Noite Eterna quando ela enviuvou do Caos que nos procriou.



Fernando Pessoa in Livro do desassossego.


primavera de destroços_________



«Tu disseste Quero saborear o infinito
Eu disse A frescura das maçãs matinais revela-nos segredos insondáveis
Tu disseste Sentir a aragem que balança os dependurados
Eu disse É o medo o que nos vem acariciar
Tu disseste Eu também já tive medo. Muito medo. Recusava-me a abrir a janela, a transpôr o limiar da porta
Eu disse Acabamos a gostar do medo,do arrepio que nos suspende a fala
Tu disseste Um dia fiquei sem nada. um mundo inteiro por descobrir
Eu disse ...

Eu disse O que é que isso interessa?
Tu disseste ..nada

Tu disseste Agora procuro o desígnio da vida. Às vezes penso encontrá-lo num bater de asas, num murmúrio trazido pelo vento, no piscar de um néon. Escrevo páginas e páginas a tentar formalizá-lo. Depois queimo tudo e prossigo a minha busca
Eu disse Eu não faço nada. Fico horas a olhar para uma mancha na parede
Tu disseste E nunca sentiste a mancha a alastrar, as suas formas num palpitar quase imperceptível?
Eu disse Não. A mancha continua no mesmo sítio, eu continuo a olhar para ela e não se passa nada
Tu disseste E no entanto a mancha alastra e toma conta de ti. Liberta-te do corpo. Tu é que não vês
Eu disse O que é que isso interessa?
Tu disseste ..nada

Eu disse O que é que isso interessa?
Tu disseste ..nada»

Adolfo Luxúria Canibal
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